Bruxaria Tradicional Para Iniciantes

Na mais absoluta realidade, os bruxos ‘não wiccanos’, tradicionais só saíram do armário depois de Gardner, antes disso não precisaram levantar qualquer bandeira para chamar a atenção sobre si. Neste aspecto, Gardner foi fundamental, assim como havia sido Crowley, um âmbito mais amplo, social, mais do que religioso ou mágico. Bruxos nunca estiveram ligados a movimentos separatistas, quando passaram a se unir sob o rótulo “Bruxaria Tradicional” tiveram o propósito único de não deixar certas práticas regionais – culturais - morrerem. ‘Bruxos’ nunca se uniram para cair na armadilha de ‘destruir a oposição’, que faz nada mais do que afirmar seus valores.

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2 de março de 2009

Reflexão - Elo Magico.

Por Tarekis Pendragon,
sacerdote da Tradição dos Dragões de Avalon
(reproduzido sem pedir permissão).



Vivi muitos grupos, muitos nascimentos e muitas mortes ao longo do meu caminho.

Vi amigos deixarem de se amar, e desconhecidos partilharem o amor em profundidade. Vi uniões desfeitas, amizades rompidas, laços quebrados, valores reconhecidos, forças ocultas e exemplos maravilhosos em cada passagem.

Todos somos prisioneiros dos ritos quando começamos. Todos somos prisioneiros de nós próprios e de nossas expectativas quando começamos. E ao final somos prisioneiros de nossas dores.

Como é possível caminhar com grandeza e nobreza, querendo ser grande diante dos irmãos e dos deuses sem passar por cima dos "pequenos e ineficientes ignorantes" que nos emprestam sua confiança? A minha resposta é: sendo pequeno.

Como mostrar aos deuses e aos irmãos o quanto queremos que tudo corra bem, o quanto nos preocupa o bem-estar deles e o quanto desejamos que eles sejam um espelho de nós mesmos a todo custo, julgando ser isso o melhor pra ele? A minha resposta: deixando-os livres pra serem quem são e amando-os quem quer que eles sejam.

Quando construímos grupos mágicos é inevitável lançarmos nossas expectativas sobre aqueles que nos cercam. Esperamos deles nunca menos do que julgamos que eles são capazes de fazer, mesmo quando não damos de nós nem 10% do que somos capazes. Cobramos daqueles que deviam nos ser mais próximos e queridos, posturas e decisões que jamais os deuses imporiam a nós próprios. Exigimos daqueles que desejamos como espelhos que sejam tudo aquilo que não nos dedicamos a ser integralmente. Em suma, lançamos ao "outro" toda expectativa de felicidade e realização. E quando , ao final, ele se mostra "ele mesmo" e não os reflexos de nosso ego, nos decepcionamos. Notem que decpecionar-se é reflexivo. Culpamos os outros por não serem aquilo que esperamos deles, quando toda expectativa partiu de nós mesmos. Tornamos-nos assim incapazes de amá-los, porque só aceitamos amar a nós mesmos, projetados como expectativas, sobre eles.

Aí os laços se rompem, tornam-se tão pesados que ficam insustentáveis. Nossas mentes vagueiam por testes e códigos de conduta para que todos possam ver as falhas dos outros, quando, na verdade, é apenas uma falha do nosso próprio julgamento egóico sobre eles.

Nos afastamos da verdadeira compaixão que é entender a alma dentro daquela pessoa, suas potencialidades e limitações reais. Perdemos a empatia, a capacidade de nos colocar no lugar do outro COM AS SANDÁLIAS DO OUTRO. E dizemos apenas "EU no lugar dele agiria de outra forma. EU me pus na mesma situação e fiz diferente. EU não concordo com a reação dele.”

Ao não perceber isso, não percebemos que o grande erro é que não nos permitimos estabelecer laços reais com os outros, mas apenas com nosso ego projetado sobre os outros e nos sentimos decepcionados, constantemente magoados, tristes. Nesse ponto devíamos refletir sobre a sabedoria ou não de projetar expectativas de realização mágica-religiosa-social sobre outras pessoas. Abrem-se dois caminhos continuar olhando apenas pra si próprio disfarçadamente e incorrer nos mesmos erros ou olhar sinceramente para si próprio e ver que só em você está a realidade da compaixão e da realização dos laços mágicos.

A contradição é que o pensamento que aparenta ser egoísta (pensar em si) é o que permite que se percebam os outros como eles realmente são, longe das projeções do ego disfarçado de bondade (espero muito dessa pessoa = espero que ela faça tudo como eu faço). Mais perto do nosso egoísmo nos distanciamos o suficiente dos outros para que nossas sombras não se projetem sobre eles e podemos construir laços de amor e confiança perfeitos e serenos, que nada tem de amizade profunda ou expectativa, mas que se manifestam na sinceridade da companhia mesmo que no silêncio, na disposição real do espírito que diante dos esperneios e birras dos irmãos continua a caminhar ao lado deles sem nunca pensar sequer naquelas frases: "pra mim morreu" "pra mim acabou", porque essa possibilidade não existe mais.

Poderia fazer muitas considerações mais, mas já me estendi por demasiado no assunto. Apelo apenas para que aqueles que querem ter laços mágicos, religiosos e mesmo sociais-afetivos fortes, serenos e duradouros observem a si próprios antes de observar os irmãos e antes de apontar os problemas que o irmão de fé carrega se pergunte porque o problema lhe incomoda e onde ele se manifesta na sua própria vida.


Desculpem o tamanho deste.

Amo-os todos egoisticamente pelo bem que ama-los me faz.

0 C.O.M.E.T.A.R.I.O.S:

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